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Actividad Física y Salud

15.08.2015
Brazil
POR |

A importância da atividade física e da nutrição para a qualidade de vida de gestantes

Atualmente é comprovado cientificamente que a prática de atividades físicas propicia melhor qualidade de vida e saúde durante a gestação
Benefícios da atividade física na gestação
Atividades físicas e sua classificação para as gestantes

Introdução

A gravidez é um período em que ocorrem intensas modificações na mulher: psicológicas, fisiológicas e físicas. Somado a isso, transformações hormonais, músculo-esqueléticas, emocionais, circulatórias e respiratórias são fundamentais para que o feto possa crescer e se desenvolver adequadamente.

Antigamente, as gestantes eram aconselhadas a interromperem qualquer atividade física, até mesmo o trabalho ocupacional, pois acreditavam, que isso poderia acarretar partos prematuros por estimulação das contrações uterinas. Atualmente é comprovado cientificamente que, a prática de atividades físicas propicia melhor qualidade de vida e saúde durante a gestação.

Dessa forma, nota-se que, a influência da atividade física e da nutrição no período gestacional vem merecendo destaque na literatura, principalmente por sua importância na promoção e manutenção da qualidade de vida, controle e prevenção de doenças.

 

Atividade Física: benefícios para a gestação

Estudos têm demonstrado que, durante a gravidez, ocorre um incremento de ganho de peso, e, caso este peso em excesso não seja controlado e termine não sendo eliminado ao final da gravidez, consequências prejudiciais à saúde podem ocorrer. A atividade física durante a gestação mantém ou melhora o condicionamento físico, diminui os possíveis sintomas indesejáveis, controla o peso corporal, especialmente quando este controle estiver aliado à adequada alimentação, auxilia no retorno venoso com prevenção de varicosidades, melhora as condições de irrigação da placenta, facilita o trabalho de parto, devido à tonificação dos músculos mais afetados durante a gravidez (músculos da pelve, abdominais e lombodorsais) e melhora a recuperação pós-parto.

Além disso, os exercícios também influenciam na resistência e flexibilidade, evitando as lesões e complicações para o feto, auxilia na postura corporal evitando lombalgias, comumente oriundas na gestação devido às alterações físicas e fisiológicas sofridas neste ciclo, reduz a tendência para diabetes gestacional mantendo os níveis glicêmicos estáveis, e, previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

A prática de atividade física ainda mantém a saúde mental e emocional da gestante, controlando a consciência corporal, melhorando o sono e o cansaço, resultando assim, em bem-estar.

Os objetivos da atividade física em gestantes se concentram na manutenção da aptidão física e da saúde, diminuição dos sintomas característicos da gestação, melhor controle ponderal, diminuição da tensão no parto e otimização da recuperação no pós-parto.

 

Nutrição e atividade física: simbiose para a gestação saudável

Exercícios físicos intensos e repetitivos, posições eretas estáveis prolongadas e deficiência de nutrientes podem desenvolver crescimento insuficiente do feto.

Durante o período gestacional é necessário um acompanhamento nutricional individualizado, que garanta o aporte energético compatível às necessidades da mãe e do feto, a fim de evitar uma possível competição biológica que comprometa o bem-estar de ambos. Nesse aspecto, valida-se a necessidade de uma triagem nutricional em todos os períodos da gestação (pré-natal e pós parto).

As recomendações nutricionais devem ser direcionadas principalmente ao consumo de energia e ao ganho ponderal, uma vez que, estes refletirão tanto no crescimento fetal quanto na expansão dos tecidos maternos como: placenta, tecido adiposo, útero e mamas.

Estudos mostram que, embora seja difícil estabelecer precisamente a ingestão energética devido à presença de fatores como: peso pré-gestacional, estágio da gravidez e nível de atividade física, é necessário que mulheres gestantes eutróficas recebam um acréscimo na oferta energética que conduza a um ganho de peso gestacional satisfatório.

De acordo com o American College of Obstetricians and Gynecologists, na gestação o estado anabólico permanece dinâmico devido às alterações fisiológicas e aumento da demanda nutricional. Por esse motivo, o ganho de peso no início da gestação deve ser adquirido com cautela, já que o excesso pode acarretar no desenvolvimento de diversas enfermidades (hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade pós-parto, macrossomia fetal e complicações no parto). Por outro lado, a deficiência de ganho de peso pode provocar prejuízos para a gestante, no trabalho de parto e para o feto, especialmente se não há prática de atividade física regular.

Durante a gestação, as exigências calóricas devem considerar o peso atual da gestante e o tipo de atividade física exercida. Para mulheres eutróficas, recomenda-se um adicional de 300 kcal diárias a partir do segundo trimestre de gestação, principalmente de carboidratos, refletindo num ganho ponderal total em torno de 12,5 quilos, ao passo que, para mulheres desnutridas, segundo a Organização Mundial da Saúde, esse adicional deve ser seguido desde o início da gestação. Em contrapartida, para mulheres com sobrepeso ou obesidade, esse adicional não deve ser recomendado em qualquer momento da gestação.

As mulheres que apresentam Índice de Massa Corporal (IMC) > 26,0 e < 29kg/m², no período pós-parto, podem perder uma média de dois quilos de peso por mês para evitar uma possível obesidade pós-parto.

Com o desenvolvimento do feto, há um aumento do apetite, sendo necessário maior controle do ganho de peso e nesse momento, a atividade física entra como um fator preponderante pois quando combinados, nutrição e exercícios, estes contribuem para uma melhor tolerância da dor no parto, melhora da circulação sanguínea, redução do edema, fortalecimento da musculatura abdominal, e maior facilidade na recuperação pós-parto. Por fim, o monitoramento nutricional auxilia para que as mulheres não ganhem muito peso, possibilitando um retorno mais rápido ao peso de antes do período de gestação, melhorando a qualidade de vida tanto da mãe quanto do feto, que é diretamente atingido pela atitude da mãe.

 

Considerações finais

O presente estudo mostrou que a atividade física em gestantes é responsável pela manutenção da aptidão física e da saúde, diminuição dos sintomas característicos da gestação, melhor controle ponderal, diminuição da tensão no parto e otimização da recuperação no pós-parto e busca do bem estar, que aliada ao monitoramento nutricional auxilia para que as mulheres não ganhem muito peso, possibilitando um retorno mais rápido ao peso apresentado no período pré-gestacional. Assim, a gestante fisicamente ativa propicia melhoras tanto para a saúde da mãe quanto do feto.

Graziele Simões
Lívia Peres
Shirley Liberatti
Renata Furlan Viebig
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