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Actividad Física y Salud

15.11.2015
Brazil
POR |

Os benefícios da atividade física para portadores da Doença de Parkinson

Trabalhos têm demonstrado benefícios da atividade física bem orientada para essa população, proporcionando melhora de aspectos físicos, psicológicos e sociais
Pessoas com Doença de Parkinson precisam fazer atividade física regularmente

Introdução

A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico progressivo causado pela degeneração de neurônios da substância negra responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor relacionado principalmente com a função de coordenação dos movimentos.

As características motoras da DP relacionam-se com tremor em repouso; bradicinesia (lentidão na execução de movimentos), rigidez (hipertonia plástica, acometendo a musculatura flexora, determinando alterações típicas de postura) e distúrbio de equilíbrio (decorrente da perda de reflexos de readaptação postural). Embora haja exceções, quando pelo menos dois desses quatro tipos de sinais clínicos estão presentes, grandes são as chances do paciente ser portador da DP.

A doença de Parkinson ocorre com grande prevalência em indivíduos idosos. Em média estima-se de 100 a 150 casos para cada 100 mil pessoas. Inicia-se geralmente por volta dos 60 anos de idade e acometem ambos os sexos. Quando a doença se manifesta antes dos 40 anos é denominada parkinsonismo precoce. Em indivíduos jovens, com idade inferior a 21 anos é denominada parkinsionismo juvenil. Quanto mais jovem for o paciente com os sintomas da doença, maior será a possibilidade de haver um componente genético envolvido.

A doença de Parkinson, atualmente não possui cura, porém, ela pode e deve ser tratada de forma a combater os sintomas e também retardar o seu progresso. Dentre os métodos de tratamento existentes atualmente estão: cirurgias, fármacos, fisioterapia, terapia ocupacional, estimulação cerebral profunda e fonoaudiologia. Além disso, muitos trabalhos demonstram que a atividade física pode contribuir para amenizar os sintomas da DP.

 

Atividade física: benefícios e adaptações

No paciente com Parkinson os exercícios tem importância adicional visando não só os aspectos motores, como também os aspectos psicológicos e sociais.

A atividade física não leva ao desaparecimento da doença, porém, pode retardar sua progressão, principalmente no que diz respeito à rigidez muscular e lentidão dos movimentos. Além disso, melhora a sensação de bem-estar e o estado funcional do paciente.

 

Caminhada

Sunvisson realizou um estudo com caminhadas com pessoas com DP em uma região montanhosa da Suíça. Ele verificou resultados positivos relacionados à melhora na redução do tempo na realização da atividade e da performance motora geral.

Miyai elaborou um treino de caminhada durante 4 semanas com suporte de 20% do peso corporal em 10 indivíduos com doença de Parkinson. Obteve melhora nas atividades de vida diária, marcha e na performance motora, conseguindo resultados superiores daqueles obtidos apenas com o manejo da fisioterapia de forma isolada.

A Associação Americana de Doença de Parkinson (APDA) oferece algumas dicas para a realização de uma caminhada mais segura e prazerosa para indivíduos com DP.

1. Ao andar ou ficar de pé, os pés devem ser mantidos separados aproximadamente 25 cm e não deve se cruzar;

2. Os pés devem elevar-se de maneira exagerada para desencorajar o arrastar de pé;

3. Os dedos devem varrer o chão para se evitar tropeços;

4. A oscilação dos membros superiores deve ser exagerada;

5. O paciente deve olhar para frente e não para o chão;

6. Os passos devem tender a ser mais longos;

7. Ao se virar, o paciente deve planejar fazer um grande arco, sem cruzar os pés;

8. Quando o paciente perceber que o andar está rápido, deve-se prontamente parar em pé, voltando ao ritmo inicial;

9. A marcha pode ser reassumida com passos altos e longos.

 

Treinamento de força, atividades posturais e de flexibilidade

O ganho de força muscular através de um programa adequado de treinamento para os membros inferiores, são efetivos no condicionamento e manutenção do equilíbrio evitando quedas que, agravadas pelos distúrbios de equilíbrio, são freqüentes nesses indivíduos.

Segundo Hauser & Zesiewicz, exercícios de mobilidade, alongamentos e fortalecimento, contribuem imensamente para os parkinsonianos contribuindo para manter a capacidade de caminhar, aumento da flexibilidade, prevensão de uma postura encurvada e manter a mobilidade e a função mesmo com o progresso da bradicinesia e rigidez.

 

Esportes

Pessoas com Parkinson podem praticar qualquer tipo de esporte, no entanto, é mais seguro que ao praticar algum esporte escolha aquele adequado para a sua condição.

Para que as atividades possam alcançar resultados é importante introduzir atividades físicas que o paciente goste de praticar, para que haja adesão e continuidade nos programas de exercícios e seja garantido assim os benefícios vinculados a esta prática.

Reuter et al, em estudo constituído em várias atividades esportivas, executadas duas vezes no período de 14 semanas em indivíduos com DP, obteve melhora na incapacidade motora, discinesia (movimentos involuntários) e bem estar, conduzindo para um melhor desempenho motor.

Mohr afirma que a terapia física e esportiva (especialmente atividades de resistência) entre indivíduos deprimidos com DP, proporciona melhoras significativas no humor.

 

Abordagem da Educação Física na doença de Parkinson

O foco na prática de exercícios por esta população pode limitar-se muito à esfera física do indivíduo e centrar-se nas disfunções ocasionadas pela DP.

Assim, um programa de atividade física com esta perspectiva, apesar do indiscutível ganho funcional, pode fragmentar as experiências corporais do individuo, excluindo, por exemplo, os aspectos lúdicos, expressivos e de auto conhecimentos, enfatizados na prática do professor de Educação Física. Desta forma, consideramos de extrema importância que seja repensado a inclusão do professor de Educação Física na equipe multidisciplinar envolvida no cuidado desta população.

Rafael de Azevedo
Aletha Caetano
Maria da Consolação Gomes
Cunha Fernandes Tavares
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