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Educación

25.07.2015
Brazil
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Linguagem e expressão através do desenho

Para as crianças que estão no estágio da Educação Infantil, muitas vezes o desenho pode servir como uma linguagem da expressão dos sentimentos
O desenho proporciona à criança oportunidades que possibilitam com que ela expresse seus sentimentos a respeito de algo. E em alguns casos, até mesmo mostrar suas angústias e seus medos

Introdução

Como sabemos, para as crianças que estão no estágio da Educação Infantil, muitas vezes o desenho pode servir como uma linguagem da expressão dos sentimentos, os quais ela ainda não consegue expor por meio da fala, ou mesmo pela linguagem escrita.

Neste sentido, reportamos que o ambiente escolar, no geral, é para a criança um espaço de muitas novidades, descobertas, aprendizagens e conhecimentos novos. O desenho como forma de expressão subjetiva, e o grafismo faz parte do crescimento físico e, principalmente, do desenvolvimento cognitivo e emocional da criança.

De acordo com Perondi, os desenhos podem ser inspirados por circunstâncias não previsíveis, porém, frequentemente eles se relacionam por acontecimentos próximos ou por circunstâncias similares às experiências já vividas. Reforçando o autor acima, muitas crianças desenham no dia-a-dia o que lhes chama a atenção por apresentar aspectos relevantes na sua vivência familiar, escolar ou social.

 

Desenho: linguagem que possibilita novas aprendizagens

O desenho desperta a criança para a aprendizagem, a descoberta, o prazer, o novo, o diferente. Não é possível uma educação intelectual, formal ou informal, de elite ou popular, sem arte, pois é impossível o desenvolvimento integral da inteligência sem o desenvolvimento do pensamento divergente, do pensamento visual e do conhecimento presentacional.

O desenho, como linguagem artística, proporciona à criança oportunidades que possibilitam com que ela expresse aqui e agora seus sentimentos a respeito de algo. E em alguns casos, até mesmo mostrar suas angústias e seus medos.

 

O que se pode “ler” no desenho da criança, que muitas vezes pode ser um sinal de alerta para educadores?

O desenho, por fazer parte do desenvolvimento físico, cognitivo e emocional do ser humano pode apresentar em qualquer esboço, tanto os aspectos positivos, quanto as dificuldades enfrentadas naquele momento. Na perspectiva de Moreira, o que é preciso considerar diante de uma criança que desenha é aquilo que ela pretende fazer: contar-nos uma história e nada menos que uma história, mas devemos também reconhecer, nesta intenção, os múltiplos caminhos de que ela se serve para exprimir aos outros a marcha de seus desejos, de seus conflitos e receios.

Por isso, o profissional precisa ter olhos cuidadosos para perceber detalhes que a criança busca representar de um determinado momento, porque o modo como são feitas certas interpretações podem ser equivocadas, já que nem sempre o que é “entendido” pode ser o que os pequenos buscaram representar. Nicolau, completa que os desenhos, as pinturas e as realizações expressivas das crianças não apenas representam seus conceitos, percepções e sentimentos em relação ao meio, como também possibilitam ao adulto sensível e consciente uma melhor compreensão da criança.

Em muitos casos é com o educador que a criança de educação infantil passa a maior parte do seu tempo. Para Horn, o olhar de um educador atento é sensível a todos os elementos. Por isso, há necessidade de um profissional da educação qualificado e eficaz dentro de uma sala de aula, ou seja, que tenha conhecimento sobre o assunto. Pois, é a formação e também sua capacidade de ser amável, flexível, generoso e compreensivo que faz a grande diferença de um profissional que atua como educador de crianças.

Entretanto, quando a criança está inserida num meio em que lhe é permitida ter acesso aos instrumentos de experimentos gráficos, não é só o educador e a escola que precisam fazer seu papel, mas também os pais precisam ter a responsabilidade de observar a construção do processo de ensino-aprendizagem que faz parte do desenvolvimento de seu filho, tanto ao apresentar aspectos positivos, quanto ao apresentar aspectos que demonstrem dificuldade. Por meio do desenho podem-se identificar possíveis problemas, relacionados às deficiências, ou até, situações que a criança vem sofrendo em casa, ou em outros lugares que frequenta.

Nesse contexto de cuidados e atenções feitas em parceria entre a escola e a família é que o desenvolvimento da criança germina, uma vez que escola e família produzem processos concomitantes e necessários para um bom desempenho do método de ensino-aprendizagem de uma criança. Seguindo os estudos de Lowenfeld através da compreensão da forma como o jovem desenha, e dos métodos que usa para retratar seu meio, podemos penetrar em seu comportamento e desenvolver a apreciação dos vários complexos modos como ele cresce e se desenvolve. Considerando o que já foi apontado, pode-se analisar que desenhar, seja com que material for, faz parte do desenvolvimento físico, cognitivo e emocional das crianças.

 

Considerações finais

O grafismo é parte integrante do desenvolvimento de um ser humano, principalmente de crianças que, na maioria das vezes, utilizam o desenho como forma de expressão dos seus sentimentos. Nessa perspectiva evidencia-se que a interpretação do desenho da criança depende do olhar do intérprete.

Para finalizar, há de se dizer que o desenho, como linguagem artística, proporciona para a criança oportunidades que possibilitam com que ela expresse no aqui e agora seus sentimentos a respeito de algo, podendo inclusive, em alguns casos, mostrar suas angústias, ou até mesmo os seus medos. Considera-se, então, que o grafismo é extremamente importante no desenvolvimento de uma criança, uma vez que contribui para inúmeras aprendizagens e experiências que auxiliam no seu crescimento físico e emocional.

Karine Possa
Alessandra Cardoso Vargas
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