A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais freqüente das doenças cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal. Modificações de estilo de vida são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da hipertensão. Alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle do peso, prática de exercício físico, tabagismo e uso excessivo de álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados, sem o que, mesmo doses progressivas de medicamentos não resultarão alcançar os níveis recomendados de pressão arterial. (Brasil, 2006)
O exercício físico é qualquer atividade física que mantém ou aumenta a aptidão física em geral e tem o objetivo de alcançar a saúde e também a recreação. A razão da prática de exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o aperfeiçoamento das habilidades atléticas e a perda de peso. Para os profissionais, exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente estimulam o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças (como cardiopatia/ doenças cardiovasculares) moderam o colesterol, ajudam a prevenir a obesidade, e outras coisas. (Moreira, 2009)
Todo exercício físico deve ser sempre realizado sob a orientação de um profissional ou centro desportivo qualificado, pois a prática do exercício somente nos permite atingir os objetivos esperados quando é devidamente orientada. E a caminhada tem se mostrado eficiente e eficaz também no tratamento e prevenção da Hipertensão arterial e por isso foi desenvolvida com idosos e hipertensos durante o Unimontes Solidária. (Unimontes, 2011)
Resultados encontrados
A caminhada orientada consiste na prática do exercício de caminhar acompanhado de um profissional de Educação Física. A partir da avaliação física da pessoa é determinada a velocidade e intensidade da caminhada, variando a partir da adaptação. Os acadêmicos de Enfermagem e Medicina junto aos professores de Educação Física proporcionaram à população a oportunidade de participar de uma caminhada orientada durante quatro dias com 15 pessoas de idades variando entre 55 e 75 anos, de ambos os sexos sendo a maior parte feminina (87,6%). A porcentagem de Hipertensos foi de 87,66%. E de não Hipertensos foi de 13,33%.
Foram encontrados os seguintes dados: A sistólica antes da caminhada variaram de 120 mmHg a 190 mmHg. A diastólica apresentou-se em níveis de 80 mmHg a 120 mmHg. A sistólica após a caminhada variavam de 110 mmHg a 180 mmHg. A diastólica apresentou-se em níveis de 70 mmHg a 110 mmHg. Observamos que após a caminhada os níveis de pressão sistólica e diastólica diminuíram em número 10 mmHg cada. No entanto a pressão arterial analisada no final do percurso de 13,33% manteve-se alterada ou alta.
As razões encontradas entre os pacientes para essa pressão alta foi não haver tomado o remédio de controle diário (Anti hipertensivos) ou muitas vezes o esforço para se realizar a atividade não relatado no percurso por medo de ser banido da atividade ou vergonha ao não conseguir completar o circuito. Percebemos que há esforço para realizar a atividade.
Conclusão
Uma redução significativa nos níveis da pressão arterial depende diretamente do tipo de exercício físico, da intensidade e da duração do mesmo. É indicado que o treinamento seja de baixa intensidade, pois, o exercício físico de baixa intensidade diminui a pressão arterial porque provoca redução no débito cardíaco, o que pode ser explicado pela diminuição na freqüência cardíaca de repouso e diminuição do tônus simpático no coração. Quanto à duração do exercício físico, têm sido recomendadas sessões com duração de 30 a 60 minutos, de três a seis vezes por semana, realizados com freqüência cardíaca entre 60% e 80% da máxima ou entre 50% e 70% do consumo máximo de oxigênio.
Recomendamos que mais profissionais da saúde se dediquem a realizar, iniciar e fomentar atividades de caminhada ao ar livre e incentivando a prática da caminhada por ser um recursos, barato e de fácil acesso que colabora com a manutenção das funções fisiológicas.