Introdução
Através de estudos, constatou-se que a natação para bebês teve seu marco na Austrália em 1939, onde teve o primeiro artigo sobre os benefícios da natação para bebês. No Brasil, alguns estudos começaram a surgir na década de 60, porém cheios de mitos e preconceitos, onde somente nos anos 80 surgiram as primeiras publicações científicas. Somado a isso, verificou-se a proliferação de academias e centros especializados de natação para bebês, para que os mesmos pudessem aproveitar os mais variados benefícios das atividades aquáticas e aprender as primeiras lições de auto-salvamento.
Exercícios executados na água proporcionam um relaxamento, fortalecimento da musculatura além de contribuir para o desenvolvimento e conhecimento da criança, o tornando mais independente e ativo ao explorar o meio.
O objetivo desse estudo é mostrar para a sociedade a importância da prática da natação para bebês, averiguando a definição dos objetivos subjacentes ao processo de adaptação ao meio aquático, levando-se em conta os fatores de desenvolvimento da criança, integrados no domínio psicomotor e sócio afetivo, além de sua relação com o meio aquático.
A natação para bebês
Com o surgimento de várias academias e centros especializados no ensino da natação, começou-se a surgir classes específicas da natação para bebês.
Desse modo, ao submetermos o bebê ao um longo tempo de experiências desenvolvidas na água, ajustaremos suas referências, de maneira que seu quadro motor se desenvolva no meio aquático e melhore suas respostas aos estímulos existentes. A natação enquanto atividade física sistematizada favorece a tomada de consciência do bebê em relação a si, ao meio, ao grupo e a sociedade, o que contribui para o desenvolvimento de todas as suas aptidões, pois o desenvolvimento na água ocorre de acordo com sua maturação, com o aprimoramento de seus reflexos e de sua coordenação.
Diz-se que o bebê está adaptado ao meio aquático, quando possui o domínio do corpo na água, com base nos princípios de equilíbrio, respiração, imersão, propulsão e salto. Fontanelli e Fontanelli afirmam que qualquer bebê, salvo algum distúrbio, possui um atrativo natural pela água e, que o sentimento de medo ou insegurança apresentados na água, não raro, são reações que possivelmente a criança adquiriu fora da água, já que a mesma até um ano de vida desconhece o significado do perigo.
Percebe-se que quanto mais cedo à criança for encaminhada a prática da natação, terá elevada sua aptidão psicomotora, pois esse tipo de atividade funciona como um pré-estimulo motor, já que a criança primeiramente consegue deslocar-se dentro da água, porque fica muito leve, conseguindo assim, executar movimentos que não conseguiria fora da água.
A importância da presença dos pais
É de suma importância a presença dos pais ou de algum familiar, devido ao afeto e segurança que possui com eles.
A presença dos pais funciona como um elemento de segurança física da criança, já que dificilmente o professor conseguirá controlar o comportamento de inúmeras crianças, num ambiente tão propicio a acidentes. Além disso, os pais funcionaram como um agente intermediário que possibilitará a aproximação do professor com o bebê.
Benefícios da natação para bebês
São inúmeros os benefícios proporcionados pela natação, pois essa atividade melhora a coordenação motora, proporcionando noções de espaço e tempo, prepara a criança psicológica e neurologicamente para o auto-salvamento, aumenta o condicionamento cardiorrespiratório, estimula o apetite, além de tranquilizar o sono.
Em virtude da perda da gravidade, a água proporciona ao bebê uma gama de variedades de novos movimentos, onde a criança ao entrar em contato com essa motricidade pode, por exemplo, vir a caminhar mais cedo, o que por sua vez levará a um melhor desenvolvimento neuromotor, uma vez que lhe foi proporcionado um maior número de sensações importantes. Outro benefício importante é o fortalecimento da inteligência emocional, que através de atividades específicas, proporciona uma aproximação entre todos os bebês, familiares e professores, o que é de extrema importância uma vez que o controle emocional é formado basicamente aos dois anos de idade.
Conclusão
A natação vem se desenvolvendo e atraído os mais diversos públicos, inclusive a de bebês, em virtude de seus inúmeros benefícios. Sendo assim, essa atividade aquática contribui para o desenvolvimento de habilidades motoras, através do desenvolvimento global da criança, que por sua vez é estimulado através de várias oportunidades de vivências e experiências diversificadas. Logo, os estímulos aquáticos para bebês são essenciais, e essas atividades devem ser direcionadas às necessidades de cada criança, visto que o aprender nadar é algo encantador para esse público.
Assim observa-se que a prática dessa atividade deve ser orientada numa perspectiva educativa, em função do prazer que a água proporciona a esse público, onde se deve unir o útil ao agradável, fazendo com que as aulas sejam muito estimulantes, para assim, proporcionar um aprendizado divertido a esse bebê. Sendo que para se fazer uma perfeita adaptação, sem traumas e experiências negativas, é necessário uma disponibilidade total do professor, pois a aprendizagem nessa idade, tem como objetivo primordial, fazer com que a criança sinta prazer e alegria no desenvolvimento das aulas.
Outro ponto importante é fazer os pais entenderem o quanto é importante a sua presença nas aulas, uma vez que, uns dos maiores avanços da história da humanidade foram à descoberta da paternidade, onde o homem passou a conscientizar-se com as heranças que deixariam para seus filhos, além de proporcionar ao mesmo um momento único de intenso carinho e afetividade, o que irá contribuir em muito para a sua formação.
Assim, os professores devem planejar as suas aulas, de forma que ofereça a esse público uma gama de atividades que envolvam estímulos emocionais, através de pequenos jogos atraentes para esse bebê, no intuito de torná-los independentes e de prepará-los para enfrentarem os desafios da vida cotidiana.