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Estudios Sociales

27.10.2015
Brazil
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Futebol FIFA ou Indígena?

Dois dias antes da cerimônia de abertura dos JMPI, teve início os torneios de futebol, que estão sendo disputados de acordo com as regras da FIFA
Partida de futebol. Foto: Marco Bettine
Kamaiurá versus Xambioá Karajá. Foto: Aline Pizzol
Torcida na Arquibancada. Foto: Aline Pizzol
Índios Pataxós no Banco de reservas. Foto: Caio Lotufo
Kamaiurá comemoram a sua classificação para as oitavas de final. Foto: Caio Lotufo

Dois dias antes da cerimônia de abertura da I edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas teve início os torneios de futebol masculino e feminino. Ambos estão sendo disputados de acordo com as regras determinadas pela FIFA e tratados com o maior cuidado pela organização que providenciou juízes, bandeirinhas, gandulas, fardamento esportivo completo, além dos jogos serem realizados na recém-reformada Arena Nilton Santos, ou nos campos do batalhão do exército e da Universidade Luterana do Brasil, todos em ótimas condições para a prática esportiva.

Participam dos torneios etnias brasileiras e selecionados nacionais formados por diferentes povos como é o caso de Peru, Paraguai e Bolívia, que, inclusive jogam com uniformes inspirados na seleção de futebol profissional de seus países. Como apuramos em nossas observações, as delegações brasileiras também passam por um processo de triagem, geralmente a partir de campeonatos disputados entre aldeias das próprias etnias.

Misturando-se com estes elementos que caracterizam o futebol profissional estão outros, comuns a própria cultura indígena: plumagens, pinturas, ornamentos, danças e gritos de guerra ao adentrar ao campo, mas também expressões corporais, formas de torcer, de sentir a derrota e de comemorar a vitória, na grande maioria das vezes, com cânticos tradicionais e coreografias.  

A cultura do corpo é diferente: mesmo durante o jogo, no banco de reservas, os Pataxós passam tranquilamente um cachimbo com ervas medicinais.

Durante os jogos que acompanhamos até o momento prevalece o clima de amizade e de respeito entre os jogadores participantes, sobretudo em jogos entre povos indígenas brasileiros, mas nem sempre com outros países, como vimos no jogo entre Terena 2 x 0 Bolívia. É importante celebrar, mas no futebol ninguém gosta de perder.

 

Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre futebol e Modalidades Lúdicas – LUDENS – USP

Flávio de Campos
Marco Bettine
Regina Claro
Catherine Krulik
Alice Matsumoto
Aline Pizzol
Aluã Oliveira
Caio Lotufo
Isabela Amatucci
Rafael Pacheco
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