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Educación Física

14.07.2015
Brazil
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As diferentes modalidades do trapézio circense

Trata-se de um estudo que traz uma breve apresentação e definição das diferentes modalidades e variações de trapézios
Trapézio fixo
Trapézio de balanço simples e doble
Trapézio triplo
Trapézios ao vôo e banquilha
Trapézio Castin (Famíla Ramirez - Espanha, 2003)

Trapézio Fixo

Esta modalidade consiste numa barra de ferro de aproximadamente 70 cm suspensa por duas cordas (geralmente nas extremidades ou perto delas), que por sua vez estarão fixas a uma estrutura no alto. As cordas são fixadas com uma abertura um pouco maior que a do trapézio, desenhando a figura geométrica de um trapézio, para dar maior estabilidade durante a execução dos truques. Neste aparelho são realizados figuras, truques e quedas individuais e o trapézio permanece estático, ou seja, sem balanço.

As figuras e evoluções podem ser realizadas com apoio e/ou suspensão na barra e também nas cordas que sustentam o aparelho. Antigamente, as cordas eram de sisal. No entanto, na atualidade, utilizam-se cordas de algodão, mais flexíveis e macias (menos atrito com o corpo), geralmente com cabo de aço como alma (no meio). A espessura das cordas variará segundo o peso do praticante e as exigências, mas normalmente têm entre 2,5 e 3,5 cm de espessura. Na extremidade inferior, onde as cordas se fixam na barra, é recomendável que se forre com um tecido macio (algodão) ou veludo, para evitar escoriações conforme o roce do corpo com elas. 

Alguns artistas utilizam contrapesos nas extremidades da barra para aumentar a estabilidade do trapézio. Da mesma forma, é recomendável o uso de colchões de queda embaixo do aparelho para seu treinamento e o emprego de cordas e/ou tecidos suspensos paralelamente para subir e descer do aparelho.


Trapézio de balanço

Trata-se de um aparelho idêntico ao trapézio fixo, porém as acrobacias são realizadas com o trapézio em balanço. Nele o artista pode realizar, além de alguns dos movimentos típicos do trapézio fixo, outros elementos de quedas (para a posição de flex dos pés ou para as mãos, ou para a curva, ou para o cristo, ou mesmo para a posição sentada), piruetas, giros, saltos mortais, dentre outras destrezas. Esta modalidade pode ser praticada por uma única pessoa, ou por duas pessoas simultaneamente, que no caso se denominará trapézio doble (duplo em português) em balanço. Por questão de segurança, atualmente esta modalidade é praticada sempre com a utilização de uma lonjade segurança ou rede. O trapézio usado para balanço sempre tem pesos nas laterais, para sua estabilidade, e possui, em geral, o cabo de aço como alma, para que suas cordas não permitam qualquer elasticidade. 

 

Trapézio Duplo e Triplo (múltiplo)

O trapézio múltiplo é construído para suportar duas (duplo) ou mais pessoas (triplo, quádruplo,...), paralelamente. É por este motivo que a barra metálica é maior que a do trapézio simples e suspensa por três, quatro ou mais cordas, segundo o número de artistas. Nele os artistas podem realizar movimentos individuais, sincronizados ou em conjunto, o que amplia consideravelmente o repertório motor.

Neste caso, as cordas internas serão suspensas totalmente na posição vertical, e as laterais poderão (caso os artistas prefiram) estar ligeiramente abertas nas extremidades superiores para aumentar a estabilidade do aparelho. A resistência das cordas deverá ser ajustada ao número de artistas e o peso que deverão suportar.

 

Trapézio de Vôo

O trapézio de vôo ou "ao vôo" (ou ainda no Brasil, de vôos), é a modalidade mais tradicional do Circo de Lona e possivelmente a mais difícil e perigosa na execução. É composto por uma estrutura metálica, normalmente quadrada, suspensa, em que estão pendurados: uma banquilha, de onde partem e chegam os artistas que voam e balançam, além de um trapézio simples e um trapézio para o aparador/porto. Obviamente, existem estruturas mais complexas que permitem o balanço de diversos trapézios simultaneamente. Toda a estrutura pode ser atrelada à cúpula do circo (ou à estrutura do teto do espaço) ou estar suspensa por mastros, mais finos e independentes dos mastros do circo. O trapézio simples é sustentado pelos cabos de aço, e é mais largo (80 cm, em geral). O trapézio do portor também é fixado por cabos de aço, com a parte baixa revestida de carpete, espuma e/ou tecido (pode ser também uma cadeirinha, ou um quadrante em balanço, com canos, ao invés de cabos).

Nesta modalidade, o(s) volante(s) parte(m) da banquilha segurando o trapézio simples, realizam seguidos balanços para a toma de velocidade e altura e executam saltos livres ("vôos") até a mãos e braços do aparador que também está em balanço no seu próprio trapézio do outro lado da estrutura. Geralmente, o aparador utiliza a denominada curva americana (em oposição ao uso da cadeirinha) para ficar de cabeça para baixo (inversão). A seguir, realizam o trajeto inverso até regressar à banquilha de origem.

Há também uma versão reduzida desta modalidade de trapézio, realizada em menor altura e com as banquilhas mais próximas, que costuma utilizar o auxílio de cintos/lonjas de proteção (geralmente para o treinamento), que se denomina "Petvolan", segundo os artistas tradicionais. Este tipo de trapézio ao vôo é freqüentemente utilizado por circos pequenos que não comportam grandes estruturas ou por companhias que se apresentam fora das lonas. É realizado com colchões de impacto dispostos no solo para proteção, como se fosse para as saídas das argolas, ou o salto sobre o cavalo.

 

Trapézio Castin (ou somente Casting)

Trata-se de um trapézio formado por uma estrutura metálica suspensa ou elevada por um pórtico, na qual o portor pode apoiar os pés e assegurar-se pelo abdômen (com um cinturão), permitindo ao mesmo que flexione o tronco e balance o volante para a realização de diferentes truques. Em alguns casos, este tipo de trapézio pode se acoplado ou misturado ao trapézio de vôo, como uma base intermediária.

Marco Antonio Coelho Bortoleto
Daniela Helena Calça
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